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POR QUE É APROPRIADO QUE DEUS NOS JULGUE POR NOSSAS CRENÇAS

Para muitos ateus, nenhum argumento jamais os convencerá de que um Deus amoroso poderia condenar qualquer parte de sua criação ao inferno. Já me deparei com esse desafio muitas vezes, e ele geralmente soa mais ou menos assim:

É difícil, senão impossível, oferecer uma resposta a esse desafio que seja emocionalmente satisfatória. Afinal, até mesmo para os crentes, a doutrina do inferno é difícil de aceitar, pois confronta nossas inclinações naturais. Como é fácil para nós avaliarmos nosso próprio comportamento de forma condescendente, perdoarmos nossas transgressões, diminuirmos nossa própria culpa, vermos a nós mesmos como “basicamente bons”. Quando nos vemos dessa forma, naturalmente concluímos que Deus nos verá da mesma maneira. É somente recorrendo às Escrituras — uma visão “externa” — que podemos enxergar claramente que um Deus que incorpora a justiça precisa ter um lugar de punição para aqueles que se rebelam contra Ele.

A Justiça Exige Isso

Considere: justiça, em seu sentido mais básico, envolve a noção de recompensar o bem e punir o mal. Nós compreendemos isso de forma intuitiva, mesmo desde muito jovens. Quão chocante seria para um aluno ser punido por ser atencioso na aula, ou receber um prêmio por colar em sua prova final. Não, a punição se destina ao mau comportamento. Mas, ao avaliar a extensão adequada da punição, também consideramos o estado mental do infrator, que, obviamente, reflete suas crenças. Assassinato premeditado é pior do que homicídio culposo e é punido mais severamente, e um crime de ódio é um agravante que adiciona mais punição ao crime subjacente. Em ambos os exemplos, as crenças de uma pessoa estão em jogo: o assassino premeditado refletiu sobre suas escolhas antes de cometer o ato fatal; um crime de ódio reflete a crença de que os direitos de um membro do grupo protegido são especialmente indignos de respeito. Portanto, considerar o que uma pessoa pensa e acredita é realmente relevante para a questão das consequências, especialmente se essas crenças motivaram um mau comportamento.

Mas o erro subjacente na visão do cético é ainda mais profundo. Ele está errado ao afirmar que as pessoas são condenadas por suas crenças, por não aceitarem o evangelho. Elas são, em vez disso, condenadas por seu comportamento pecaminoso. Através de seus pensamentos, palavras e ações, através do exercício de seu livre arbítrio, elas repetidamente escolhem violar as leis de Deus.

Como Deus deveria responder a isso?

Será que Deus não poderia simplesmente “deixar pra lá”? Não fazer nada? Afinal, ele nos criou assim, não é mesmo? Mas se ele simplesmente aceitasse a violação repetida de sua lei moral, ele não poderia mais ser visto como “justo”. Imagine por um momento como alguém veria um juiz que nunca impõe uma sanção a alguém que viola a lei, não importa quantas vezes ou quão flagrantes sejam as violações? Por que esperaríamos que Deus fosse diferente? Se ele incorpora a justiça perfeita, e se ele nos criou do nada e nos tornou sua lei conhecida, não é lógico que haverá uma consequência imposta a nós por escolhermos violar essa lei?

A Condição Subjacente

O desafio citado, então, é um pouco como dizer que o doente morreu por “não acreditar no médico”. Não, a pessoa morreu de uma condição subjacente específica que um médico poderia ter sido capaz de curar. Assim também com a punição eterna. Ninguém é condenado por se recusar a acreditar em Jesus. Embora Jesus possa – e de fato o faz – prover salvação para aqueles que a buscam, não há nada de injusto em não prover salvação para aqueles que se recusam a buscá-la. Afinal, normalmente não nos sentimos obrigados a ajudar alguém que não pediu e não quer nossa ajuda. Da mesma forma, o Criador tem o direito de reter um presente — ou seja, a eternidade em Sua presença — daqueles que desprezariam tanto o presente quanto aquele que o oferece.

Deus Não Se Impressiona

A afirmação citada também demonstra uma crença tácita de que podemos impressionar Deus com nosso comportamento “bondoso” ou “generoso”. Segundo essa visão, Deus deveria ser grato por termos agido de uma forma que o agradou. Isso não compreende o que Deus é – um ser perfeito. Não podemos impressioná-lo. Afinal, quando agimos corretamente, estamos fazendo o que deveríamos fazer. Não levamos pessoas ao tribunal para premiá-las por não cometerem crimes. Agir dentro da lei o tempo todo é algo que se espera de nós. Da mesma forma, uma pessoa culpada de um crime grave não pode reclamar que sua punição é injusta só porque foi bondosa e generosa com os outros no passado.

Assim, no final das contas, nos encontramos em uma situação difícil. Usamos nosso livre-arbítrio para nos rebelar contra o nosso Criador, mas queremos que Ele aceite essa rebelião, e a nós mesmos, sem “questionamentos”. Quando Deus nos julga, ele nos acha deficientes tanto em nossas ações quanto em nossas crenças. Mas em sua infinita bondade, ele também oferece a solução para o nosso problema, uma ponte que atravessa a divisão que existe entre nós e ele. Este ponto merece ênfase: através de seu amor e misericórdia, Deus provê a solução para o nosso problema, se tão somente estivermos dispostos a dobrar o joelho e pedir por essa misericórdia.

Não há nada de injusto em tudo isso. No fim, recebemos aquilo que escolhemos. A ponte de volta a Deus, aquela que só foi possível pelo sacrifício de Jesus quando andou na Terra, não nos custa nada atravessar e está disponível a todos.

Mas primeiro precisamos querer atravessá-la.

Recursos Recomendados:

[Nota do tradutor: recursos disponíveis em inglês]

O Pecado Original é Injusto? (“Is Original Sin Unfair?”, em inglês) por Frank Turek (DVD, Mp3, e Mp4)

Jesus Era Intolerante? por Frank Turek (“Was Jesus Intolerant?”, em inglês) (DVD e mp4)

Todas as Religiões Podem Ser Verdadeiras? por Frank Turek (“Can All Religions Be True?”, em inglês) (mp3)

Como Jesus Pode Ser o Único Caminho? (“How Can Jesus Be the Only Way?”, em inglês) (Download em mp4) por Frank Turek